quarta-feira, 21 de julho de 2010

Importação de produtos vindos da China avança 13,71% no ano

 

 

SÃO PAULO - Os produtos brasileiros continuam perdendo espaço para os chineses. A participação da China nas importações do Brasil cresce sem parar desde 2000, quando era de 2,19%. As informações são do Observatório Brasil-China, divulgado nesta quinta-feira, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

 

De acordo com a entidade, nos primeiro trimestre deste ano, os produtos chineses representavam 13,71% do total das importações brasileiras, ante os 12,84% do mesmo período de 2009. Hoje, a China é o segundo maior fornecedor do Brasil. Perde apenas para os Estados Unidos, cuja participação é de 14,8% nas compras externas.

 

De acordo com a economista Sandra Rios, consultora da CNI, o tamanho e a competitividade da economia chinesa foram decisivos para o aumento das importações brasileiras provenientes daquele país. "A China exporta produtos competitivos, com custo de produção mais baixo que os do Brasil e taxas de câmbio desvalorizadas", explica Sandra Rios. Segundo ela, um dos efeitos negativos da falta de competitividade dos produtos brasileiros diante dos chineses é a redução da participação do Brasil nas importações dos Estados Unidos.

 

Enquanto a participação do Brasil nas compras externas dos norte-americanos está estagnada na faixa de 1,2% desde o início da década, a presença da China avança a passos largos e passou de 9,36% em 2002 para 18,64% no primeiro trimestre de 2010.

 

"A China teve desempenho melhor do que o Brasil na maioria dos setores relevantes da pauta de exportações brasileiras para os Estados Unidos. Essa tendência, que já vinha se manifestando ao longo da última década, acentuou-se no período recente", informa o Observatório.

 

Conforme o estudo, os exportadores brasileiros tiveram participação superior à dos chineses em nove dos 30 principais capítulos na pauta das exportações brasileiras para os Estados Unidos nos 12 meses terminados em março de 2010.

 

"Esse desempenho é pior do que o observado em 2009, quando os fornecedores brasileiros superavam os chineses em 11 capítulos", ressalta o instituto.

(aspas)

 

Por : Agência Estado, 16/07/2010

 

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