· O grupo Libra, dono de terminais de contêineres nos portos de Santos (SP) e do Rio de Janeiro, manteve inalterado seu plano de investimentos de cinco anos, totalizando R$ 1 bilhão, com o objetivo de dobrar a capacidade de seus terminais de contêineres, inaugurar uma nova unidade em Santa Catarina e ampliar as atividades em logística. De controle familiar e capital fechado, o grupo divulgou pela primeira vez seus resultados desde que entrou no ramo de operação de contêineres, em 1995. Fechou o ano passado com receita bruta de R$ 889 milhões, a qual chegou a R$ 830 milhões em 2008, antes da crise - um faturamento pouco maior do que o da Santos Brasil, considerada até hoje líder do setor.
Como os demais setores da economia ligados ao comércio exterior, o Libra sofreu no ano passado o impacto da crise sobre seus negócios. Segundo o presidente da companhia, Marcelo Araújo - que assumiu o comando da holding em meados de 2008 -, o impacto só começou a aparecer depois das festas de o natal, quase quatro meses após a quebra do banco Lehman Brothers, em 15 de setembro.
No início de 2009, relembra o executivo, havia navios com capacidade para 3 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner pequeno, de 20 pés), que chegavam ao porto de Santos para desembarcar apenas 80 unidades - e partiam com 30. Os terminais da Libra encerraram 2009 com uma queda de 20% no movimento.
Para este ano, Araújo espera um aumento de 15% no movimento desse negócio, um bom resultado, mas ainda sem alcançar o pico de 2008. O revés trazido pela crise, garante o executivo, não atrasou os planos de investimento - otimista com a economia, trabalha com a hipótese de crescimento pelos próximos 15 a 20 anos no país.
(aspas)
Fonte : Jornal “Valor Econômico”, 14/06/2010
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