Os Estados Unidos recuaram do plano de exigir o escaneamento de todos os contêineres de importação nos portos de origem de países com os quais comercializa.
Em audiência realizada no final do ano passado, a secretária de Segurança Interna, Janet Napolitano, já admitira ao Comitê de Comércio, Ciência e Transporte do senado americano que "não existe tecnologia para efetivamente detectar suspeitas de anomalias nas cargas. Isto faz com que a varredura seja difícil e demorada".
Segundo a secretária, a maioria dos portos não tem um ponto de concentração por onde todas as cargas passam, significando que o escaneamento total obrigaria um reordenamento da configuração interna dos complexos - o que envolve custos não previstos e tende a atrasar o comércio de maneira crítica.
A mudança na política de escaneamento reflete o fracasso do processo, pois estimativas mostram que menos que 5% das cargas destinadas aos EUA foram verificadas nos maiores portos do mundo.
O plano de orçamento americano mais recente pretende eliminar três dos cinco programas-piloto de verificação, sendo eles em Puerto Cortes (Honduras), Southampton (Reino Unido) e Pusan (Coreia). O processo deve ser mantido nos dois portos de Qasim (Paquistão) e Salalah (Omã).
Outro corte previsto deve remover equipes americanas que estão espalhadas em mais de 50 portos estrangeiros, cujo trabalho é o de identificar e inspecionar cargas de alto risco. A dispensa deve economizar cerca de US$ 50,7 milhões no orçamento americano. Em seu lugar, as agências americanas podem realizar conferências à distância, utilizando análise de imagens, com a cooperação dos governos estrangeiros.
(aspas)
Fonte : “Guia Marítimo”, 12/03/2010
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