A estratégia de navegar a velocidades mais lentas iniciada pelas companhias marítimas durante a recessão econômica para absorver o excesso de capacidade e diminuir custos operacionais, veio para ficar, de acordo com o armador Maersk Line.
Mesmo com a recuperação da atividade econômica, velocidades mais lentas na navegação continua a oferecer uma relação " ganha-ganha", frisou o CEO da companhia, Eivind Kolding.
"É melhor para os clientes, para o meio ambiente e para os nossos negócios”, afirmou Kolding.
A diretoria da Maersk acordou em continuar com a modalidade de navegação porque a prática aumenta a confiança na regularidade dos serviços, controla o consumo de combustíveis e a emissão de gases poluentes.
A redução de custos permitirá à Maersk redirecionar recursos para aprimorar outras áreas de atuação da empresa, como a operação em terminais.
"Mesmo que alguns clientes tenham reclamado do aumento do tempo de translado, a conclusão é que essa estratégia nos ajuda a diminuir o risco de gargalos nos terminais portuários", analisa o CEO da empresa.
Segundo dados da empresa, um navio que reduza 20% a velocidade de navegação economia 40% no consumo de combustível.
Para manter a mesma freqüência e compensar o ganho em transit time, um ou dois navios extras são adicionados por rota ou perna.
Apesar das embarcações extras, a Maersk conseguiu reduzir em 7% a emissão de CO2 por contêiner transportado nos últimos 18 meses.
A Maersk argumenta que a estratégia ajuda a manter a regularidade nos serviços porque permite que os navios ajustem a velocidade a qualquer momento para entregar a carga no tempo pré-definido.
De 2007 a 2009, a companhia já reduziu em 12.5 as emissões de CO2 por contêiner e espera chegar a 25% até 2020.
(aspas)
Fonte : Portal “Global OnLine”, 09/09/2010
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