segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Importadores preveem 2010 forte, mas aquém de recorde

De acordo com a Abimei, o movimento em 2009 deve ficar em cerca de 1,5 bilhão de dólares, abaixo do esperado no final do ano passado

 

A importação de máquinas e equipamentos industriais deve aumentar em 700 milhões de dólares em 2010, um avanço de 50 por cento sobre este ano, impulsionada pelo aquecimento da economia brasileira.

 

Porém, ainda deve ficar abaixo do recorde registrado antes da crise global, segundo estimativa feita nesta terça-feira pela Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industrias (Abimei).

 

De acordo com a Abimei, o movimento em 2009 deve ficar em cerca de 1,5 bilhão de dólares, abaixo do esperado no final do ano passado. Isso corresponderia a 55 por cento dos 2,6 bilhões de dólares em importações em 2008.

 

Para 2010, a expectativa é de importações equivalentes a 2,2 bilhões de dólares --alta de aproximadamente 50 por cento ante 2009.

 

"A economia interna já demonstra melhora, o consumidor está mais confiante e a indústria planeja reinvestir", disse o presidente da Abimei, Thomas Lee. "As empresas importadoras ainda estão se reorganizando, depois de tantas dificuldades que o setor passou em 2009", acrescentou ele a jornalistas.

 

Segundo Lee, as importadoras ligadas ao setor aeronáutico foram as que mais sofreram com a crise. "Não se esperava que fosse tão ruim", afirmou. No lado oposto, a importação de máquinas ligadas a materiais plásticos foi a que menos sofreu.

 

O presidente da Abimei comentou que as políticas do governo de estímulo à indústria automotiva e a produtos da linha branca foram positivas, mas demoraram a fazer efeito sobre o setor porque os estoques da indústria estavam muito altos.

 

Ele estima que o Brasil tem condições de crescer 5 por cento nos próximos anos, sem formação de gargalos. Além disso, Lee avalia que as eleições presidenciais de 2010 não mudarão as diretrizes da política econômica do país.

 

Questionado sobre o nível do câmbio, o presidente da Abimei afirmou que seria mais conveniente para o setor uma taxa ao redor de 2 reais por dólar. Isso estimularia a atividade de empresas exportadoras, que, assim, precisariam de máquinas como as importadas por empresas representadas pela associação.

 

A Abimei é formada por 82 associados, e afirma representar mais de 80 por cento dos importadores de máquinas-ferramenta e equipamentos industriais do Brasil, com bastante participação de empresas ligadas ao setor automotivo.

 

(aspas)

 

Fonte : Jornal “Gazeta do Povo”/PR/Reuters, 08/12/2009

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