SANTOS - Com praticamente a mesma infraestrutura do ano passado, o porto de Santos aumentou em dois dígitos os índices de produtividade de todas as cargas que opera. A movimentação de contêineres, de granéis sólidos e de granéis líquidos saltou, respectivamente, 23,11%, 15,75% e 26,14% nos primeiros sete meses do ano na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. No acumulado de janeiro a julho, o porto movimentou 55 milhões de toneladas, aumento de 3% sobre o resultado do ano passado. Deve encerrar o exercício com 100 milhões de toneladas.
Segundo números apresentados nesta sexta-feira, pelo presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Roberto Serra, a consignação média por navio nos sete primeiros aumentou. "Já atingimos perfis de 16.700 toneladas por navio. Há três anos, era de 13.500 toneladas por embarcação".
Na divulgação dos dados, Serra anunciou também que o porto terá índices mínimos de produtividade por tipo de operação para todas as cargas. O modelo está sendo finalizado e debatido com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e deverá ser pactuado entre cada arrendatário e a Codesp. As regras valerão tanto para os atuais arrendatários como para os próximos e, se descumpridas, no limite poderão redundar na cassação da concessão. "O mercado vai conhecer como trabalhamos e quais são os valores que podemos garantir", disse Serra. "Não estamos criando nada novo, a própria lei dos portos estabelece o cumprimento de níveis de eficiência", pontuou.
Para os arrendatários dos terminais, os principais motivos que levaram ao aumento da eficiência foram o investimento em equipamentos, por parte da iniciativa privada, e a dragagem de aprofundamento, do lado do público. A obra ainda está em execução, devendo terminar no último trimestre deste ano, mas já está dando resultados. "No ano passado tivemos alteração de profundidade por diversas vezes e o navio não podia sair do terminal ou tinha de esperar na barra. Isso não ocorreu neste ano", disse o presidente da Santos Brasil, Antônio Carlos Sepúlveda.
Quando a dragagem estiver finalizada, o porto de Santos terá 15 metros de profundidade podendo receber embarcações maiores. A profundidade de projeto de Santos é de 14 metros, mas vários trechos do canal de navegação e berços de atracação têm cotas muito aquém disso. "No momento em que tivermos um percentual maior de navios grandes, com mais de 7 mil Teus (contêiner de 20 pés), o impacto na produtividade será maior", completou o executivo.
A movimentação de contêineres é uma das que mais cresceram em Santos: 13,6% no acumulado. Saiu de 1,45 milhão de Teus nos sete primeiros meses de 2010 para 1,65 milhão de Teus em 2011. A expectativa da Codesp é encerrar o exercício com 2,9 milhões de Teus. O limite do porto são 3,2 milhões de Teus, segundo Serra.
O diretor comercial do Terminal para Contêineres da Margem Direita (Tecondi), Luiz Araújo, avalia que com a chegada dos novos guindastes para operação de cais o terminal deverá fechar o ano com aumento de até 25% na produtividade. No caso da empresa, melhoras futuras estão condicionadas à retirada de uma pedra - a pedra de Teffé, que fica no canal de navegação na altura do terminal, limitando as operações. "Isso vai ajudar sobremaneira", diz. A derrocagem tanto da pedra de Teffé quanto da de Itapema deve começar nos próximos dias, disse Serra, presidente da Codesp.
A Libra Terminais, por sua vez, espera finalizar 2011 com 20% de incremento no desempenho de movimento de contêiner por hora, estimou o presidente Wagner Biasoli.
O diretor da Rumo Logística, Carlos Magano, atribui os ganhos de produtividade da empresa, principalmente, à mudança da matriz de transporte. Hoje, a Rumo recebe mais de 50% do açúcar que embarca por ferrovia. No passado recente, cerca de 95% chegava de caminhão.
(aspas)
Por : Fernanda Pires, para o Jornal “Valor Econômico”, 02/09/2011
Segundo números apresentados nesta sexta-feira, pelo presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Roberto Serra, a consignação média por navio nos sete primeiros aumentou. "Já atingimos perfis de 16.700 toneladas por navio. Há três anos, era de 13.500 toneladas por embarcação".
Na divulgação dos dados, Serra anunciou também que o porto terá índices mínimos de produtividade por tipo de operação para todas as cargas. O modelo está sendo finalizado e debatido com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e deverá ser pactuado entre cada arrendatário e a Codesp. As regras valerão tanto para os atuais arrendatários como para os próximos e, se descumpridas, no limite poderão redundar na cassação da concessão. "O mercado vai conhecer como trabalhamos e quais são os valores que podemos garantir", disse Serra. "Não estamos criando nada novo, a própria lei dos portos estabelece o cumprimento de níveis de eficiência", pontuou.
Para os arrendatários dos terminais, os principais motivos que levaram ao aumento da eficiência foram o investimento em equipamentos, por parte da iniciativa privada, e a dragagem de aprofundamento, do lado do público. A obra ainda está em execução, devendo terminar no último trimestre deste ano, mas já está dando resultados. "No ano passado tivemos alteração de profundidade por diversas vezes e o navio não podia sair do terminal ou tinha de esperar na barra. Isso não ocorreu neste ano", disse o presidente da Santos Brasil, Antônio Carlos Sepúlveda.
Quando a dragagem estiver finalizada, o porto de Santos terá 15 metros de profundidade podendo receber embarcações maiores. A profundidade de projeto de Santos é de 14 metros, mas vários trechos do canal de navegação e berços de atracação têm cotas muito aquém disso. "No momento em que tivermos um percentual maior de navios grandes, com mais de 7 mil Teus (contêiner de 20 pés), o impacto na produtividade será maior", completou o executivo.
A movimentação de contêineres é uma das que mais cresceram em Santos: 13,6% no acumulado. Saiu de 1,45 milhão de Teus nos sete primeiros meses de 2010 para 1,65 milhão de Teus em 2011. A expectativa da Codesp é encerrar o exercício com 2,9 milhões de Teus. O limite do porto são 3,2 milhões de Teus, segundo Serra.
O diretor comercial do Terminal para Contêineres da Margem Direita (Tecondi), Luiz Araújo, avalia que com a chegada dos novos guindastes para operação de cais o terminal deverá fechar o ano com aumento de até 25% na produtividade. No caso da empresa, melhoras futuras estão condicionadas à retirada de uma pedra - a pedra de Teffé, que fica no canal de navegação na altura do terminal, limitando as operações. "Isso vai ajudar sobremaneira", diz. A derrocagem tanto da pedra de Teffé quanto da de Itapema deve começar nos próximos dias, disse Serra, presidente da Codesp.
A Libra Terminais, por sua vez, espera finalizar 2011 com 20% de incremento no desempenho de movimento de contêiner por hora, estimou o presidente Wagner Biasoli.
O diretor da Rumo Logística, Carlos Magano, atribui os ganhos de produtividade da empresa, principalmente, à mudança da matriz de transporte. Hoje, a Rumo recebe mais de 50% do açúcar que embarca por ferrovia. No passado recente, cerca de 95% chegava de caminhão.
(aspas)
Por : Fernanda Pires, para o Jornal “Valor Econômico”, 02/09/2011
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