quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

[PESO/CONTAINERS] Dados de carga incorretos representam risco aos embarques

Dados de carga incorretos representam risco aos embarques

 

Ao fornecer informações erradas sobre as cargas, os exportadores colocam vidas em risco. Apesar dos intensos esforços das companhias marítimas para avisar sobre os perigos de sobrecarga de contêineres, este tipo de equívoco ainda é perpetrado pelos embarcadores.

 

O encalhe do navio MSC Napoli e a queda de um contêiner no Annabella explicitaram a ocorrência de cargas com dados errados. "Ainda é uma questão que nos preocupa", disse o gerente geral da Maersk Line no Sul da Europa, Harald Nijhof.

 

A transportadora dinamarquesa foi pega em um incidente envolvendo pesos imprecisos poucos meses atrás, quando um contêiner tombou enquanto o navio Husky Racer de 950 Teus (unidade equivalente a um equipamento de 20 pés) estava sendo descarregado em Bremerhaven, resultando na perda de 18 caixas no mar. Uma apuração do Escritório de Investigações do Reino Unido descobriu que os contêineres no topo das nove pilhas foram apresentados no plano de carga como vazios, mas na verdade continham carga com peso avaliado entre 15 e 30 toneladas.

 

Divergência de pesos representam ameaças tanto para os trabalhadores portuários que movimentam os contêineres nos terminais quanto para os tripulantes da embarcação, pois o total carregado influiu diretamente no deadweight do navio.

 

Com base neste agravante, a Maersk está desenvolvendo um software para ajudar a identificar caixas sobrecarregadas. O sistema fornecerá uma média de pesos adequados para os produtos que estão sendo carregados; se houver alguma incompatibilidade entre o conteúdo declarado e o peso real, um alerta será acionado e a Maersk verificará a caixa em questão, recusando-se a transportá-la caso houver uma discrepância grave.

 

O International Chamber of Shipping e o World Shipping Council publicaram orientações sobre as melhores práticas para a segurança do transporte de contêineres por via marítima, em dezembro de 2008, após os acidentes com o MSC Napoli e o Annabella. O Global Shippers Forum, representante dos exportadores na Ásia, África, Europa e América do Norte, apoiou a iniciativa.

 

As orientações abrangem a embalagem correta, rotulagem e pesagem de cargas quando estão dentro de contêineres, e a necessidade de uma declaração exata das mercadorias separadas por tipo de carga. No tempo em que o manual foi publicado, o vice-presidente da WSC, Lars Kjaer, salientou a necessidade dos exportadores de compreender os infortúnios aos quais os transportadores expostos no mar, e como os riscos são aumentados drasticamente se um recipiente é mal-embalado ou sobrecarregado.

 

Propostas para pesar os contêineres nos portões dos portos têm sido rejeitadas pela maioria, pois a medida é considerada impraticável em muitas partes do mundo. Além disso, há a questão do que fazer com os recipientes que são considerados acima do peso, e quem deve ser responsável por armazenar ou retornar as caixas que são rejeitadas. "O problema deve ser tratado na raiz", disse Nijhof, "com carregadores sendo conscientizados do motivo pelo qual a informação correta é tão essencial".

 

(aspas)

 

Fonte : Guia Maritimo, 12/01/2010

 

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Joel Martins da Silva

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