Plano para popularizar o equipamento é incluí-lo na mesma classificação dos PCs
O governo federal começa, na próxima semana, a dar os primeiros passos em direção a uma política específica para os tablets populares.
A intenção é classificar os tablets como PCs e, com isso, aproveitar a isenção de 9,75% de IPI, PIS e Cofins aplicada atualmente a desktops e notebooks.
Em entrevista à Folha, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que as discussões começarão com uma reunião na segunda com Fernando Pimentel, da pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Hoje, cada empresa classifica seus tablets de forma diferente. O Galaxy Tab, da Samsung, por exempl o, é classificado como telefone celular. Já o iPad, da Apple, usa a mesma classificação do iPod Touch na importação.
"Fizemos sondagens com alguns fabricantes e a maioria sugeriu que, se os tablets forem classificados como computadores, poderão aproveitar benefícios fiscais hoje aplicados a desktops e notebooks", disse Bernardo.
Segundo a Folha apurou, a Positivo Informática foi uma das empresas consultadas e respondeu que há possibilidade de criar equipamentos abaixo de R$ 700.
Caso os tablets sejam classificados como PCs, o governo poderá usar o mecanismo do programa Computador para Todos para definir os aparelhos que terão isenção.
Na ocasião, desktops de até R$ 2.500 e notebooks de até R$ 4.000 que utilizavam a configuração mínima estipulada pelo governo aproveitavam a isenção fiscal.
""Discutiremos qual será a configuração. Pensamos em configuração mínima e preço máximo, mas as empresas poderão colocar mais coisas para rodar dentro do tablet, se quiserem. Acesso à internet é condição fundamental", afirmou.
A isenção, porém, vai valer para quem montar os equipamentos no Brasil.
"Nossa indústria precisa absorver um pouco dessa tecnologia. Pode não ser nenhum grande salto tecnológico, mas existirão grandes avanços em termos de emprego", disse.
CONEXÃO
O ministro Paulo Bernardo acredita que até o fim do primeiro semestre deve sair também a internet a preços baixos, do Plano Nacional de Banda Larga, o PNBL.
O plano prevê triplicar o acesso à internet em alta velocidade no Brasil até 2014.
(aspas)
Por : Camila Fusco, de São Paulo, para o Jornal “Folha de S. Paulo”, 21/01/2011
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