A Organização Mundial de Comércio (OMC) estuda destravar as negociações da Rodada de Doha tentando fechar um acordo em áreas específicas que interessem a nações mais pobres do planeta, disse ontem o diretor-geral da entidade, Pascal Lamy. As questões agrícolas, que envolvem subsídios dos países desenvolvidos, no entanto, continuam fora dos debates da OMC e podem continuar sem solução na Rodada, assim como as tarifas industriais.
"A prioridade deve ser dada às questões dos LDC [nações menos desenvolvidas]", disse Lamy, após uma consulta aos países-membros da OMC. "Esses assuntos específicos dos LDC devem ser colocados em uma via rápida."
No final de abril, o chefe da OMC alertou que a Rodada de Doha de liberalização do comércio global estava à beira de um fracasso. Apesar disso, observou que nenhum país tinha intenção de desistir das negociações.
Numa tentativa de reviver Doha, os países-membros estudam um sistema de três vias de negociações, das quais uma abrangeria questões que têm maior impacto sobre as nações mais pobres e cujo acordo sairia até dezembro.
Desta forma, as negociações de itens mais polêmicos e de difícil acordo, como as tarifas industriais e as negociações agrícolas, ocorreriam de forma mais lenta.
A Rodada foi lançada em Doha, capital do Catar, em 2001. Um de seus objetivos era ajudar os países em desenvolvimento deixados de fora da última rodada de liberalização comercial.
(Fonte: Diário do Comércio e Indústria)
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