terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Componentes para calçados garantem que não temem os chineses

 

 

Fabricantes brasileiros de compon entes para calçados ainda não foram atingidos pela forte concorrência chinesa. Um exemplo desta realidade é a fabricante de componentes para calçados Amazonas, que faturou no ano passado R$ 400 milhões. A empresa tem investido em tecnologia e no segmento esportivo para ganhar competitividade no mercado brasileiro. A Amazonas, que tem no País sete unidades fabris onde produz solados, adesivos e compostos para calçados, tem o objetivo de crescer 28% este ano. Para isso, vai investir mais de R$ 10 milhões na expansão de sua capacidade produtiva. A unidade da empresa na Bahia deve receber aporte de cerca de R$ 4 milhões neste pri meiro semestre, com que concluirá a construção de quatro novos galpões.

 

"Nosso investimento será em equipamentos, já que o espaço físico será concedido pela prefeitura", diz o gerente de Marketing da empresa, Ariano Novaes. A fábrica da empresa na Paraíba contará com aportes da ordem de R$ 7 milhões para duplicar a produção de sandálias, que passará de 10 mil pares por dia para 20 mil.

 

Setor

 

Segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Oséias Schroeder, hoje os componentes de calçados que chegam ao Brasil não são vendidos diretamente para a indústria manufatureira local. "Os calçados chineses são desmontados, vendidos para brasileiros e remontados aqui. Mas a indústria calçadista local não compra esses produtos, por isso a nossa produção continua a crescer", explica o dirigente da associação.

 

A indústria calçadista brasileira sofre atualmente com a prática da triangulação (a entrada de produtos cuja documentação aponta uma procedência diferente da verdadeira) nas importações de calçados provenientes da Ásia. O objetivo dessa prática é burlar a legislação antidumping imposta contra os produtos chineses. "O segmento de componentes ainda não foi atingido; mas nossa preocupação é quanto à evolução desta prática", afirma o presidente da entidade.

(aspas)

 

 

Por : Suzi Cavalari , de São Paulo, para o Jornal “DCI”, 02/02/2011

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